Síndrome de Waardenburg em gatos: uma condição genética

A Síndrome de Waardenburg é uma condição genética rara que afeta a pigmentação da pele, dos olhos e do pelo em várias espécies, incluindo os felinos. Essa síndrome foi inicialmente descrita em humanos pelo oftalmologista holandês Petrus Johannes Waardenburg e posteriormente foi reconhecida em gatos e outras espécies. Ela é caracterizada por várias anomalias congênitas, sendo as mais comuns a heterocromia (olhos de cores diferentes), surdez e ausência de pigmentação na pelagem.

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Principais alterações genéticas

Heterocromia: A heterocromia é uma característica distintiva da Síndrome de Waardenburg em gatos, onde os olhos apresentam cores diferentes. Por exemplo, um olho pode ser azul enquanto o outro é amarelo, verde ou castanho. Essa variação de cor nos olhos é causada pela distribuição anormal de melanina durante o desenvolvimento embrionário.

heterocromia

Surdez: A surdez é outra característica comum da síndrome, afetando uma proporção significativa de gatos diagnosticados. A ausência de pigmentação nos ouvidos internos dos gatos afetados interfere na função das células auditivas, levando à degeneração e resultando em surdez parcial ou total. A surdez pode ser unilateral (afetando apenas um ouvido) ou bilateral (afetando ambos os ouvidos).

Ausência de pigmentação na pelagem: Além das anomalias nos olhos e na audição, gatos com a Síndrome de Waardenburg frequentemente apresentam manchas de pelagem branca ou despigmentada, especialmente em áreas onde a pigmentação é naturalmente mais densa. Essas manchas brancas contrastam com a cor predominante da pelagem e são resultado da falta de melanócitos pigmentados na área afetada.

Identificação e Diagnóstico

A identificação da Síndrome de Waardenburg em gatos geralmente é baseada na observação das características clínicas do animal. Tutores e veterinários devem estar atentos a sinais como heterocromia, manchas de pelagem branca e sinais de surdez, como falta de resposta a estímulos sonoros. Além disso, testes genéticos moleculares podem ser realizados para confirmar o diagnóstico e identificar mutações específicas nos genes associados à síndrome.

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