A cinomose é uma doença viral de extrema relevância, sendo uma enfermidade altamente contagiosa e que pode ocasionar a morte. É causada por um vírus da família Paramyxovirus, do gênero Morbilivirus, na qual pode manifestar-se na forma aguda, subaguda e crônica.
Em alguns países como o Brasil é considerada endêmica, apesar de possuir vacinação ainda sim acontecem surtos dessa doença.
Pode acometer animais em todas as faixas etárias, raças e ambos os sexos. Essa contaminação se dá em animais não vacinados e mais frequente em “desmamados”, quando param de receber anticorpos através do leite materno (imunidade passiva). A transmissão ocorre através de gotículas infectantes oriundas de secreções e excreções corporais. Cadelas prenhes infectadas podem transmitir o vírus por via transplacentária, gerando abortos, fetos natimortos ou o nascimento de filhotes fracos.
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Além de afetar cães domésticos, também acomete outros animais como os ferret e as raposas – para produção de pele – sendo uma doença de importância econômica e que pode contribuir com a extinção de espécies exóticas.
SINTOMAS
Os sintomas podem ser os mais variados, entre eles: febre, vômito, secreção ocular (figura 1), apatia, secreção nasal, convulsão, diarreia e paralisia. A cinomose não tem cura!
Na maioria dos casos a doença se manifesta inicialmente pela secreção nasal e dificuldades respiratórias. Entretanto, o desenvolvimento da enfermidade depende da imunidade do pet e da parte do organismo atingida (sistema respiratório, digestivo e etc.)
Figura 1: Secreção ocular em cão acometido pela cinomose.
Figura 2. Fases da cinomose e seus sintomas.
PREVENÇÃO
O diagnóstico deve ser dado por um profissional habilitado. Entretanto, é importante vacinar seu pet para garantir imunidade, uma vez que animais sadios conseguem eliminar o vírus sem manifestar sintomas, já que o vírus ataca principalmente animais novos e idosos devido a baixa imunidade.
A dose da vacina varia conforme o laboratório fabricante, portanto é importante seguir a recomendação e respeitar adequadamente o intervalo entre doses para garantir a completa imunidade do seu animalzinho.
REFERÊNCIAS:
MANGIA E PAES (2008). NEUROPATOLOGIA DA CINOMOSE. Acesso em: 09/04/2024.
MARTINS, LOPES E FRANÇA (2009). CINOMOSE CANINA – REVISÃO DE LITERATURA. Acesso em: 09/04/2024.
PET Fisio (2024). Quanto tempo para a recuperação da cinomose? . Acesso em: 09/04/2024.
PORTELA, LIMA E MAIA (2017). Cinomose canina: revisão de literatura. Acesso em: 09/04/2024.