Gatos são animais excepcionais e os primeiros registros de convivência entre gatos e humanos remontam ao Antigo Egito, por volta de 4.000 a.C. Os egípcios observaram a habilidade natural dos gatos em caçar roedores, protegendo os estoques de grãos e alimentos. Essa relação benéfica levou os humanos a permitirem a presença dos gatos em seus lares. Os egípcios foram os primeiros a reverenciar os gatos, associando-os à deusa Bastet, simbolizando proteção, fertilidade e cuidado. Gatos eram considerados sagrados, e prejudicar ou matar um gato, mesmo acidentalmente, era passível de punições severas. Com o tempo, os gatos expandiram sua presença para outras partes do mundo. Durante a Idade Média na Europa, eles foram associados a superstições e suspeitas de bruxaria, levando a perseguições e sacrifícios em massa. No entanto, a disseminação das ideias do Renascimento e a valorização da ciência gradualmente contribuíram para a reabilitação da imagem dos gatos. A domesticação dos gatos difere da dos cães, pois os felinos mantiveram uma independência notável ao longo dos séculos. Hoje, os gatos desempenham papéis diversos, desde animais de estimação até controladores naturais de pragas. A relação entre gatos e humanos continua a ser caracterizada por uma coexistência que respeita a autonomia felina, refletindo uma conexão única moldada por milênios de convivência e mútuo benefício.