O Rio Grande do Sul enfrenta um momento difícil com as enchentes e inundações que afetam várias regiões. Além dos problemas estruturais e a perda de bens, há uma preocupação crescente com o risco de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos. Sabemos que muitas famílias estão lidando com desafios urgentes, mas é importante tomar algumas precauções para garantir a segurança de todos, inclusive dos animais de estimação.
Para solicitar resgate dos animais, ligue para: (51) 92011-3398. Se quiser verificar se o animal está nos abrigos da Prefeitura: (51) 92001-3395
Por que se preocupar com zoonoses?
Zoonoses são doenças que podem se espalhar entre animais e humanos. Após enchentes, há um aumento no risco de contato com água contaminada, roedores e insetos, o que pode levar à transmissão de várias doenças, como leptospirose, hantavirose e dengue. Portanto, é fundamental estar atento a possíveis sintomas e tomar medidas para reduzir o risco de infecção.
Principais zoonoses associadas a enchentes
Leptospirose: Causada por bactérias presentes na urina de roedores, a leptospirose é uma das zoonoses mais associadas a enchentes. A infecção ocorre quando a pele entra em contato com água ou lama contaminada. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, icterícia e insuficiência renal.
Dengue, Zika e Chikungunya: Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, essas doenças podem se propagar em ambientes com água parada. O mosquito pica durante o dia, e seus sintomas incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça, entre outros.
Hantavirose: Transmitida por roedores silvestres, a hantavirose é uma doença viral que pode ser grave. A transmissão ocorre pela inalação de partículas de urina ou fezes de roedores infectados. Os sintomas incluem febre, dor nas articulações, dores de cabeça e sintomas gastrointestinais.
Toxoplasmose: Esta doença parasitária pode ser transmitida através de água ou alimentos contaminados. A prevenção envolve a higienização adequada de alimentos e a ingestão de água filtrada ou mineral.
O que fazer diante da situação atual?
Entendemos que, em meio a uma enchente, as opções são limitadas e a prioridade é manter-se seguro e buscar abrigo. Mesmo assim, algumas orientações podem ajudar a reduzir o risco de zoonoses:
- Evitar o contato direto com água de enchente: Se possível, tente limitar a exposição à água estagnada. Use botas e luvas para proteção, especialmente ao atravessar áreas alagadas.
- Manter a higiene básica: Lavar as mãos com água limpa e sabão é uma das maneiras mais eficazes de evitar a contaminação. Se não houver água potável disponível, use álcool em gel.
- Cuide dos animais de estimação: Se você tem animais, mantenha-os longe de áreas com água parada ou lama. Se precisar evacuar, leve-os com você para garantir a segurança deles.
- Fique atento aos sintomas: Se você ou alguém da sua família começar a sentir sintomas como febre, dores musculares ou outros sinais de doença, procure atendimento médico e mencione que esteve em áreas alagadas.
Um passo de cada vez
Sabemos que a prioridade é a segurança de todos. Conforme a situação melhora e a água recua, siga as orientações das autoridades locais sobre como proceder com a limpeza e a desinfecção das áreas afetadas. Em caso de dúvida sobre a presença de animais selvagens ou outros riscos, entre em contato com as autoridades de proteção ambiental ou veterinárias.
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Estamos juntos nessa difícil jornada. Ao tomar medidas simples e seguir orientações básicas, podemos cuidar uns dos outros e minimizar os riscos associados a zoonoses durante este período de crise. Mantenha-se seguro, cuide de sua saúde e de seus entes queridos, e lembre-se de que não está sozinho.