No dia 31 de dezembro de 2023 entrou em vigor na Inglaterra e no País de Gales, uma lei que proíbe a criação de cães XL Bully, um tipo de pitbull gigante. A proibição segue um anúncio feito em setembro pelo governo do Reino Unido, em meio a um aumento nos ataques fatais envolvendo essa raça no país.
De acordo com o site do governo do Reino Unido, fica proibida a venda, abandono, doação e procriação dos cães da raça. Sob a nova lei, os proprietários terão até 1º de fevereiro para registrá-los, pois será considerado crime possuir um cão dessa raça na Inglaterra e no País de Gales sem um certificado de isenção.
A decisão não se aplica à Escócia e à Irlanda do Norte, com a mídia local nos dois países relatando um aumento nos resgates dessa raça provenientes da Inglaterra e do País de Gales como resultado dessa medida.
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A raça foi adicionada em setembro à lista de cães proibidos na Inglaterra e no País de Gales sob a Lei de Cães Perigosos de 1991. Essa é uma lei do Reino Unido que proíbe certos tipos de cães e torna crime permitir que um cão esteja perigosamente fora de controle. Tal lei foi introduzido em 1991 com o objetivo de reduzir o número de ataques de cães, que estavam aumentando na época.
Além da recém entrada da raça XL bully, outras já estavam proibidas pela lei, sendo elas: pit bull terrier, fila brasileiro, dog argentino e tosa inu.
O Primeiro-Ministro Britânico, Rishi Sunak, comprometeu-se a implementar uma proibição após a morte de um homem que foi atacado por dois cães da raça XL Bully em setembro de 2024. Em uma entrevista ao jornal The Guardian, Sunak chamou a raça de “um perigo para as comunidades”, acrescentando: “é correto que tomemos medidas urgentes para interromper esses ataques e proteger o público”. Sunak ainda reforçou que seu posicionamento não é especificamente sobre um grupo de cães mal treinados, e sim de um comportamento inato dos animais da raça.
Grupos e associações se posicionaram de forma oposta ao primeiro ministro. Para os representantes dessas organizações, banir raças não irá resolver o problema de ataques.
“Os incidentes recentes são profundamente angustiantes, e nossos pensamentos estão com todos os envolvidos e afetados. No entanto, proibir a raça infelizmente não impedirá a recorrência desses tipos de incidentes. Por 32 anos, a Lei de Cães Perigosos tem se concentrado na proibição de tipos de cães e, no entanto, coincidiu com um aumento nas mordidas de cães, e as mortes recentes mostram que essa abordagem não está funcionando.”
Por enquanto, não há nenhuma possibilidade de revogar a proibição da raça, e muito provavelmente isso não irá ocorrer.