Os rins são responsáveis pela limpeza (filtragem) de impurezas do organismo e do sangue, excretando-as por meio da urina. O mal funcionamento desses órgãos pode levar o animal a desenvolver doença renal crônica. Segundo um estudo publicado pelo Centro Médico de Minnesota, 30% dos gatos e 10% dos cães com mais de 15 anos possuem essa enfermidade. Leia também: Gatos e o Egito Antigo Entretanto, essa doença só irá se manifestar quando 75% da capacidade renal estiver comprometida. Apesar de ser uma doença silenciosa e não ter cura, é possível fornecer qualidade de vida ao pet acometido. Diante disso, é importante focar na prevenção da doença, com consultas periódicas ao veterinário aliada a uma dieta de qualidade e balanceada. As proteínas desempenham um papel fundamental para o organismo e estão ligadas a diversas funções, porém devem ser fornecidas de forma adequada, pois podem sobrecarregar a função renal. Consulte sempre um zootecnista ou veterinário capacitados para a indicação de dietas. Aos gatos, é importante o fornecimento de alimentos úmidos como os sachês e essa introdução deve ser feita ainda filhote. Outra particularidade dos felinos é a preferência por água em movimento (figura 2), caso esteja parada por horas, o animal tende a recusá-la. Figura 2: Gato tomando água corrente em torneiras. Dicas para prevenir doenças renais Somos parte do Grupo Zootecnia Brasil! Referências: ANIMALE, 2021. Doenças renais em cães e gatos. Acesso em 24/03/2024. FOLHA de Londrina, 2024. 30% dos gatos com mais de 15 anos têm doença renal crônica. Acesso em 24/03/2023
Escore de Condição Corporal em Cães
O ECC é uma avaliação subjetiva da composição corporal, ou seja, leva em consideração a estrutura corporal. Essa avaliação consiste na visualização e palpação de várias regiões do corpo (Santarossa, 2017). Leia também: Mercado pet brasileiro ultrapassa R$60 bilhões em movimentação Existem diversos métodos de quantificação da gordura corpórea, porém a aferição do ECC tem se mostrado efetivo quanto a forma de avaliação, além de ser o mais aceito e prático. A aferição é dada por uma escala numerada de 1 a 5 ou de 1 a 9, onde o animal classificado como 1 é considerado magro e o 5 ou 9, acima do peso ideal, conforme a figura 1 a seguir (Otsuji & Koizumi, 2017). Figura 1: ECC em cães com escala de 1 a 9. Na escala acima, o animal classificado como ECC de 4 ou 5 está em condições corporais adequadas, onde a costela é facilmente apalpada e possui pouca deposição de gordura. A alimentação e a prática de exercícios estão diretamente relacionadas com o ECC. O fornecimento de uma dieta balanceada e que atinja as necessidades nutricionais do pet é fundamental, além do fornecimento correto da porção diária. Somos parte do Grupo Zootecnia Brasil! Evitar o fornecimento de petiscos, porções adicionais e restos de comida parece uma prática difícil para a maioria dos tutores. Isso ocorre porque muitos possuem uma rotina corrida e essa “refeição” a mais seria uma forma de compensação pela ausência. Entretanto, a longo prazo, essa recompensa pode se tornar um problema sério para o animal, acarretando na obesidade e todas as consequências que esse problema de saúde pode causar. Outro problema aliado ao aumento do ECC é a falta de exercícios físicos pelo pet. Muitas famílias vivem em centros urbanos residindo em apartamentos ou locais com pouco espaço, além de possuir a rotina corrida, como já mencionado, não conseguindo tirar um momento para exercitar o animal. Entretanto, muitos lugares possuem a opção de creches (figura 2) para animais e/ou profissionais capacitados para passear com os animais, os “pet sitters”. Porém, entramos nas questões financeiras onde muitos não possuem renda para manter esses serviços aos animais ou não consideram necessários. Figura 2: Creche para cães. Sendo assim, é importante manter uma dieta equilibrada e de qualidade ao seu pet, aliada a prática de exercícios. Essas ações estão relacionadas ao escore de condição corporal animal e com a longevidade dos mesmos. Procure regularmente médicos veterinários e zootecnistas capacitados. Referências: Cotanet. Creche daycare canina. Acesso em 20/03/2024. Otsuji, K. & Koizumi, A. Body condition scoring in dogs. Veterinary Focus, 27 (2), 10-11p. 2017. Santarossa, A, Parr, J. M., & Verbrugghe, A. Assessment of canine and feline body composition by veterinary health care teams in Ontario, Canada. Can Vet J. 59(12), 1280-1286 p. 2018. Acesso em: 20/03/2024
Pancreatite em cães
A pancreatite canina é uma condição médica na qual o pâncreas de um cão fica inflamado. Essa inflamação pode variar de leve a grave e pode ser aguda ou crônica. Alguns dos sintomas comuns da pancreatite em cães incluem dor abdominal, vômitos, diarreia, falta de apetite, letargia e desconforto ao redor do abdômen. A causa exata da pancreatite canina não é sempre clara, mas fatores como alimentação inadequada, consumo de alimentos gordurosos, obesidade, predisposição genética e certas condições médicas subjacentes podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença. Possíveis causas: Leia também: Páscoa e animais de estimação: entenda o perigo envolvido Diagnóstico: O diagnóstico geralmente envolve exames clínicos, testes de sangue, ultrassonografia e, em alguns casos, biópsias. O tratamento pode variar dependendo da gravidade da condição e pode incluir terapia de suporte, controle da dor, dieta especial, fluidoterapia e, em casos graves, hospitalização. Se você suspeitar que seu cão está sofrendo de pancreatite, é importante buscar orientação veterinária imediatamente para um diagnóstico e tratamento adequados. Somos parte do Zootecnia Brasil! A patologia é uma das principais doenças pancreáticas e atinge de forma regular a espécie canina. É importante que os tutores se atentem aos possíveis sintomas como vômitos e dor abdominal, que são sinais inespecíficos mas que podem levar a um possível diagnóstico. Quaisquer sinais, busque um médico veterinário! Referências: de Sousa, F. . (2021). Pancreatite canina: O perigo na rotina dos médicos veterinários – Revisão. Pubvet, 15(03). Marcato, J. A. (2010). Pancreatite em cães.
Páscoa e animais de estimação: entenda o perigo envolvido
Com a chegada da Páscoa surge também um aumento preocupante nos casos de intoxicação em animais de estimação devido ao consumo de chocolate. Enquanto os humanos desfrutam dos ovos de chocolate e outros doces típicos desta data comemorativa, os donos de animais devem estar atentos aos perigos que esses alimentos representam para seus companheiros de quatro patas. O chocolate contém uma substância chamada teobromina, que é tóxica para cães, gatos e outros animais de estimação. A teobromina é um estimulante semelhante à cafeína e metilxantina, que afeta o sistema nervoso central e o músculo cardíaco dos animais. Enquanto os humanos conseguem metabolizar e excretar a teobromina com relativa facilidade, os animais processam essa substância de forma muito mais lenta, o que pode levar à acumulação de níveis tóxicos no organismo. Sintomas de intoxicação Os sintomas de intoxicação por chocolate em animais de estimação podem variar de acordo com a quantidade consumida e o tamanho do animal, mas geralmente incluem vômitos, diarreia, agitação, aumento da frequência cardíaca, tremores musculares, convulsões e, em casos graves, até mesmo a morte. Como prevenir a intoxicação? Uma das maneiras mais eficazes de prevenir a intoxicação por chocolate em animais de estimação é manter esses produtos fora do alcance deles. Isso significa guardar os ovos de chocolate, bombons, barras e outros doces em locais elevados e seguros, longe do alcance de cães, gatos e outros animais domésticos. Além disso, é importante educar os membros da família, especialmente crianças, sobre os riscos associados ao compartilhamento de alimentos com animais de estimação e incentivá-los a não oferecer chocolate aos pets, por mais tentador que seja. Leia também: Os cachorros podem pegar dengue? Outra medida preventiva importante é estar ciente dos sinais de intoxicação por chocolate e agir rapidamente caso seu animal de estimação apresente algum desses sintomas após a ingestão acidental de chocolate. Nesses casos, é essencial entrar em contato imediatamente com um veterinário ou um centro de toxicologia animal para obter orientação sobre os próximos passos a serem seguidos. O tratamento precoce pode fazer toda a diferença na recuperação do animal e evitar complicações graves. Alternativas ao chocolate Além de evitar o consumo de chocolate pelos animais de estimação, os proprietários também podem explorar alternativas seguras e saudáveis para mimar seus pets durante a Páscoa e outras ocasiões especiais. Existem várias opções de petiscos e guloseimas especialmente formuladas para cães e gatos, que são seguras para o consumo animal e proporcionam momentos de prazer sem os riscos associados ao chocolate. Somos parte do Zootecnia Brasil! Ao agir com responsabilidade e precaução, é possível garantir que a Páscoa seja uma época segura e feliz para todos os membros da família, incluindo aqueles com quatro patas.
Os cachorros podem pegar dengue?
Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento expressivo nos casos de dengue, uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Enquanto a atenção da mídia e dos esforços de saúde pública se concentra na prevenção e tratamento da dengue em humanos, muitas vezes esquecemos que esses mesmos mosquitos podem representar uma ameaça para os cães. Embora os cães não sejam diretamente afetados pela dengue, há uma doença oculta que pode ser transmitida a eles: a dirofilariose. O que é a dirofilariose? A dirofilariose, comumente conhecida como “doença do verme do coração“, é uma doença parasitária causada pelo nematoide Dirofilaria immitis, transmitido por mosquitos infectados, incluindo o Aedes aegypti. Esta doença afeta cães em todo o mundo, representando uma séria ameaça à saúde canina. Os mosquitos infectados picam os cães e transmitem as larvas do parasita, que viajam através da corrente sanguínea até se alojarem no coração, pulmões e vasos sanguíneos. Lá, esses vermes adultos podem causar danos irreversíveis aos órgãos e até mesmo levar à morte. Leia também: Mercado pet brasileiro ultrapassa R$60 bilhões em movimentação Sintomas aparentes Os sintomas da dirofilariose em cães podem variar dependendo do estágio da infecção e da gravidade do caso. Inicialmente, os cães podem apresentar tosse, falta de ar, letargia e perda de apetite. À medida que a doença progride, os sintomas podem se agravar, incluindo intolerância ao exercício, desmaios, acúmulo de fluido no abdômen e, nos estágios finais, insuficiência cardíaca e respiratória. Infelizmente, muitos casos de dirofilariose em cães só são diagnosticados quando os sintomas se tornam graves, o que torna o tratamento mais desafiador e as chances de recuperação mais baixas. Como prevenir? A prevenção da dirofilariose é fundamental para proteger os cães contra essa doença devastadora. A principal forma de prevenção é o uso regular de medicamentos preventivos prescritos por veterinários, que ajudam a eliminar as larvas do parasita antes que possam se desenvolver em vermes adultos. Além disso, medidas de controle de mosquitos, como a eliminação de criadouros e o uso de repelentes, podem reduzir o risco de transmissão da doença. É essencial que os tutores de cães estejam cientes da dirofilariose e tomem medidas proativas para proteger seus animais de estimação. Isso inclui agendar consultas regulares com o veterinário para exames de saúde e discussões sobre programas de prevenção. Os proprietários também devem estar atentos aos sinais e sintomas da doença e procurar atendimento veterinário imediato se notarem qualquer alteração no comportamento ou na saúde de seus cães. Somos parte do Zootecnia Brasil! Embora os cães não sejam afetados diretamente pela dengue, o mesmo mosquito que transmite essa doença pode ser portador de uma ameaça ainda maior para eles: a dirofilariose. Esta doença parasitária pode ter consequências devastadoras para a saúde dos cães, mas felizmente pode ser prevenida com medidas adequadas de controle e tratamento. Referências: SANTOS, Lilian; SILVA, Franslaiane; MONTANHA, Francisco. Dirofilariose em pequenos animais. Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinária, v. 9, n. 17, p. 1-8, São Paulo, 2011. SILVA, Rodrigo. Dirofilariose. Zoonose emergente negligenciada. 2009. 10 f. Revisão Bibliográfica – Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.5, p.1614-1623, ago, 2009.