Se você já flagrou seu gato bebendo água do box do banheiro, da pia ou até mesmo da privada, você não está sozinho. Esse comportamento é bastante comum em gatos e pode ter várias causas, desde instintos naturais até a busca por diversão. No entanto, como tutor de um animal de estimação, é essencial entender os riscos envolvidos e como você pode incentivar hábitos mais saudáveis de hidratação. O instinto animal por trás do comportamento Esse comportamento tem raízes no instinto animal. Na natureza, se uma carcaça de animal estiver perto de uma fonte de água, os felinos a evitam para prevenir contaminações. Essa é uma das razões pelas quais gatos domésticos são atraídos por água corrente ou em movimento, já que isso sugere água mais fresca e segura. Leia também: O que tem na ração do meu pet? Quando um gato opta por beber água do box, pode ser porque ela está mais fria ou porque ele a vê como uma alternativa mais segura à água parada em sua tigela. Além disso, gatos são criaturas curiosas e podem ser atraídos pelo som e pelo movimento da água, tornando a experiência no banheiro mais interessante para eles. Riscos para a saúde do gato Embora possa parecer engraçado ver seu gato brincando no banheiro, beber água do box ou da privada pode ser perigoso. Produtos de limpeza e higiene pessoal frequentemente deixam resíduos nessas áreas, que podem causar sérios problemas de saúde se ingeridos pelos gatos. Por isso, é importante desencorajar esse comportamento e fornecer fontes mais seguras de hidratação. Além dos produtos de limpeza, a água parada em locais como a privada pode ser um local fértil para bactérias, aumentando ainda mais os riscos para o seu gato. Assim, uma das primeiras coisas que você deve fazer é manter a porta do box fechada e a tampa do vaso sanitário abaixada para evitar acidentes. Como incentivar a hidratação de maneira saudável Para evitar que seu gato desenvolva o hábito de beber água do box ou de outras fontes perigosas, é importante oferecer alternativas seguras e estimulantes. Aqui estão algumas dicas para ajudar a manter seu gato hidratado de forma segura: Beber água do box pode ser uma curiosidade para os gatos, mas pode ser perigoso para a saúde deles. Como tutor responsável, cabe a você garantir que seu gato tenha acesso a água fresca e segura em locais apropriados! Ao seguir essas dicas, você pode manter seu gato hidratado e longe dos riscos associados à água do banheiro. Se mesmo com essas medidas seu gato continuar a beber água do box, é importante conversar com um veterinário para avaliar se há algum problema de saúde subjacente ou outras necessidades que precisam ser atendidas. Ficou com alguma dúvida ou tem uma curiosidade para nos contar? Deixe nos comentários!
Enchentes e Zoonoses: Orientações para prevenir doenças no RS
O Rio Grande do Sul enfrenta um momento difícil com as enchentes e inundações que afetam várias regiões. Além dos problemas estruturais e a perda de bens, há uma preocupação crescente com o risco de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas de animais para humanos. Sabemos que muitas famílias estão lidando com desafios urgentes, mas é importante tomar algumas precauções para garantir a segurança de todos, inclusive dos animais de estimação. Para solicitar resgate dos animais, ligue para: (51) 92011-3398. Se quiser verificar se o animal está nos abrigos da Prefeitura: (51) 92001-3395 Por que se preocupar com zoonoses? Zoonoses são doenças que podem se espalhar entre animais e humanos. Após enchentes, há um aumento no risco de contato com água contaminada, roedores e insetos, o que pode levar à transmissão de várias doenças, como leptospirose, hantavirose e dengue. Portanto, é fundamental estar atento a possíveis sintomas e tomar medidas para reduzir o risco de infecção. Principais zoonoses associadas a enchentes Leptospirose: Causada por bactérias presentes na urina de roedores, a leptospirose é uma das zoonoses mais associadas a enchentes. A infecção ocorre quando a pele entra em contato com água ou lama contaminada. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, icterícia e insuficiência renal. Dengue, Zika e Chikungunya: Transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, essas doenças podem se propagar em ambientes com água parada. O mosquito pica durante o dia, e seus sintomas incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça, entre outros. Hantavirose: Transmitida por roedores silvestres, a hantavirose é uma doença viral que pode ser grave. A transmissão ocorre pela inalação de partículas de urina ou fezes de roedores infectados. Os sintomas incluem febre, dor nas articulações, dores de cabeça e sintomas gastrointestinais. Toxoplasmose: Esta doença parasitária pode ser transmitida através de água ou alimentos contaminados. A prevenção envolve a higienização adequada de alimentos e a ingestão de água filtrada ou mineral. O que fazer diante da situação atual? Entendemos que, em meio a uma enchente, as opções são limitadas e a prioridade é manter-se seguro e buscar abrigo. Mesmo assim, algumas orientações podem ajudar a reduzir o risco de zoonoses: Um passo de cada vez Sabemos que a prioridade é a segurança de todos. Conforme a situação melhora e a água recua, siga as orientações das autoridades locais sobre como proceder com a limpeza e a desinfecção das áreas afetadas. Em caso de dúvida sobre a presença de animais selvagens ou outros riscos, entre em contato com as autoridades de proteção ambiental ou veterinárias. Abrigos temporários de Caxias do Sul recebem famílias com seus pets Estamos juntos nessa difícil jornada. Ao tomar medidas simples e seguir orientações básicas, podemos cuidar uns dos outros e minimizar os riscos associados a zoonoses durante este período de crise. Mantenha-se seguro, cuide de sua saúde e de seus entes queridos, e lembre-se de que não está sozinho.
O que tem na ração do meu pet?
Se você já teve ou tem algum pet, com certeza adquiriu algum tipo de alimento para seu animalzinho e certamente ficou na dúvida de qual ração seria a mais adequada. Assim como os humanos, os pets também passam por diversas fases da vida, onde cada uma tem suas exigências nutricionais específicas. Sendo assim, é fundamental conhecer as necessidades do seu pet para garantir as condições adequadas ao seu desenvolvimento corporal e manutenção das atividades biológicas. O alimento pode ser fornecido de forma seca ou úmida, variando conforme as necessidades do animal, estilo de vida e saúde. Mas e aí? O que tem de fato na ração do meu pet? Siga nosso Instagram! Pata Digital Composição básica da ração Como já dito, os animais também precisam de uma dieta balanceada para conseguir se desenvolver e manter suas atividades biológicas. Por isso é importante que o alimento fornecido seja de qualidade! As rações são compostas basicamente de: PROTEÍNAS, CARBOIDRATOS, LIPÍDEOS, MINERAIS, VITAMINAS E ADITIVOS. As proteínas podem ser de origem animal ou vegetal, como o farelo de soja (vegetal) e a farinha de vísceras (animal). Quanto ao carboidrato, podemos citar os grãos (quirera de arroz) e os lipídeos as fontes de óleos e gorduras. Os minerais e vitaminas podem ser oriundos de frutas, legumes e verduras. Os cães também podem comer frutas como banana, maçã, melancia, manga e pêra! Todos os componentes devem estar na quantidade nutricional exigida para cada fase de vida, estilo de vida em que o pet vive e condições de saúde. As proteínas desempenham um papel fundamental na formação corporal e nas funções biológicas (formam as enzimas). Os carboidratos são as principais fontes de energia, assim como os lipídeos que, além de fornecer energia, participam no sabor da ração (palatabilidade). Os minerais e vitaminas participam das atividades corporais, sendo fundamentais para o funcionamento correto do organismo. Tipos de rações As rações podem ser classificadas conforme sua composição, confira os tipos disponíveis no mercado: Econômica: geralmente a proteína é de origem vegetal, o que proporciona menor valor de mercado (rações mais baratas), entretanto os animais precisam comer mais para que tenham suas exigências atendidas. Em muitos casos os animais necessitam de suplementação. Standard: é a mais consumida no Brasil. As proteínas podem ser de origem animal ou vegetal, assim como a linha econômica, os animais precisam comer mais para ter suas necessidades atendidas. A longo prazo, problemas de obesidade, renais e pêlos opacos podem ser observados. Possuem os níveis nutricionais mínimos exigidos pela Federação Europeia da Indústria de Alimentos para Animais de Estimação (FEDIAF) Premium: proteínas de maior qualidade e quantidade. As porções diárias são menores do que as rações dos tipos descritos anteriormente. Geralmente possuem aditivos como extrato de Yucca, para diminuir volume e odor de FEZES. Leia também! Aditivos na alimentação de cães e gatos Super Premium: ração com alto valor agregado devido principalmente a proteína de qualidade. Essa ração também apresenta grande aproveitamento por parte do animal (digestibilidade), podem ser composta de ingredientes naturais Rações com fins clínicos/medicinais: tratam de algum problema em específico, como as rações para cães e gatos com doenças renais. Geralmente prescrita por médico veterinário e possuem alto valor agregado. Vale ressaltar novamente que cada fase de vida tem sua exigência! Procure saber as necessidades do seu companheiro pet para assegurar as melhores condições nutricionais e consequentemente de saúde.
Síndrome de Waardenburg em gatos: uma condição genética
A Síndrome de Waardenburg é uma condição genética rara que afeta a pigmentação da pele, dos olhos e do pelo em várias espécies, incluindo os felinos. Essa síndrome foi inicialmente descrita em humanos pelo oftalmologista holandês Petrus Johannes Waardenburg e posteriormente foi reconhecida em gatos e outras espécies. Ela é caracterizada por várias anomalias congênitas, sendo as mais comuns a heterocromia (olhos de cores diferentes), surdez e ausência de pigmentação na pelagem. Leia também: Saiba mais sobre a TOXOPLASMOSE! Principais alterações genéticas Heterocromia: A heterocromia é uma característica distintiva da Síndrome de Waardenburg em gatos, onde os olhos apresentam cores diferentes. Por exemplo, um olho pode ser azul enquanto o outro é amarelo, verde ou castanho. Essa variação de cor nos olhos é causada pela distribuição anormal de melanina durante o desenvolvimento embrionário. Surdez: A surdez é outra característica comum da síndrome, afetando uma proporção significativa de gatos diagnosticados. A ausência de pigmentação nos ouvidos internos dos gatos afetados interfere na função das células auditivas, levando à degeneração e resultando em surdez parcial ou total. A surdez pode ser unilateral (afetando apenas um ouvido) ou bilateral (afetando ambos os ouvidos). Ausência de pigmentação na pelagem: Além das anomalias nos olhos e na audição, gatos com a Síndrome de Waardenburg frequentemente apresentam manchas de pelagem branca ou despigmentada, especialmente em áreas onde a pigmentação é naturalmente mais densa. Essas manchas brancas contrastam com a cor predominante da pelagem e são resultado da falta de melanócitos pigmentados na área afetada. Identificação e Diagnóstico A identificação da Síndrome de Waardenburg em gatos geralmente é baseada na observação das características clínicas do animal. Tutores e veterinários devem estar atentos a sinais como heterocromia, manchas de pelagem branca e sinais de surdez, como falta de resposta a estímulos sonoros. Além disso, testes genéticos moleculares podem ser realizados para confirmar o diagnóstico e identificar mutações específicas nos genes associados à síndrome. Siga-nos no Instagram! @zootecnia_brazil e @patadigital_
FIV e FELV: Compreenda e proteja seus felinos
No universo felino, duas siglas despertam preocupações entre tutores e profissionais da saúde animal: FIV e FELV. Esses acrônimos se referem a doenças virais que afetam a saúde e o bem-estar dos gatos. Vamos entender melhor o que são essas condições e como podemos proteger nossos amigos felinos. FIV – Vírus da Imunodeficiência Felina O Vírus da Imunodeficiência Felina, ou FIV, é um retrovírus que ataca o sistema imunológico dos gatos. Transmitido principalmente através do contato entre gatos, especialmente por mordidas profundas durante brigas, o FIV compromete a capacidade do corpo do gato de combater infecções. Uma vez infectado, o gato pode não apresentar sintomas imediatos, mas ao longo do tempo sua imunidade enfraquecida o torna suscetível a uma série de infecções oportunistas. Leia também: Saiba mais sobre a TOXOPLASMOSE! Os sintomas podem variar de gato para gato e incluem infecções crônicas, problemas dentários, anemia, perda de peso e até mesmo câncer. Importante ressaltar que o FIV não é transmitido para humanos e é exclusivo dos felinos. FELV – Vírus da Leucemia Felina O Vírus da Leucemia Felina, ou FELV, é outro retrovírus comum entre os gatos. Assim como o FIV, o FELV também compromete o sistema imunológico, mas apresenta uma gama mais ampla de sintomas. Ele é transmitido principalmente pelo contato direto entre gatos infectados e saudáveis, seja por meio de lambidas, brigas, ou compartilhamento de tigelas de comida e água. Os sintomas incluem perda de peso, febre, falta de apetite, letargia, anemia e outros distúrbios relacionados ao sistema imunológico e hematológico. Gatinhos também podem ser infectados pelo FELV através da transmissão da mãe para o filhote durante a gestação ou amamentação. Prevenção e Cuidados A prevenção é a chave para proteger os gatos contra o FIV e o FELV. Algumas medidas importantes incluem: Siga-nos no Instagram! @zootecnia_brazil e @patadigital_ FIV e FELV são doenças sérias que podem afetar a saúde e o bem-estar dos gatos. No entanto, com medidas preventivas adequadas e cuidados veterinários regulares, é possível proteger nossos amigos felinos contra esses vírus e garantir que vivam vidas longas e saudáveis.